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quarta-feira, 26 de março de 2014

Na onda do crowdsourcing a ideia é compartilhar

Na atual era da internet foi-se o tempo em que projetos, testes de produtos e estratégias de marketing ficavam guardados em segredo debaixo de “sete chaves”. Os clientes, investidores e fornecedores, cada vez mais participativos, querem mesmo é opinar e serem ouvidos. O termo crowdsourcing foi usado pela primeira vez em 2006 no livro “O poder das multidões”, do jornalista Jeff Howe. Sua denominação vem da junção de duas palavras inglesas “crowd”, que significa multidão, e “sourcing”, fonte ou terceirização em português. Crowdsourcing é um modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos espalhados pela internet. Já o conceito de
inteligência coletiva, criado por Pierre Lévy em 1998, resume-se basicamente no compartilhamento de funções cognitivas, como a memória, a percepção e o aprendizado através da utilização das redes abertas de computação da internet. Em síntese, crowdsourcing é uma nova ferramenta na
qual diversas pessoas se unem para a solução de problemas, criação de conteúdo, desenvolvimento de novos produtos, projetos e serviços tendo a internet e as mídias sociais como plataforma aberta de divulgação. Embora o termo ainda seja novo, não é de hoje que empresas recorrem a esse tipo de ferramenta para atingir seus objetivos, justamente por reunir muitas pessoas às soluções acabam sendo rápidas e baratas. O sistema operacional Linux é
um bom exemplo de crowdsourcing que deu certo. O sistema nasceu de um código aberto em que qualquer pessoa pode modificar, criar e aprimorar seu desenvolvimento através do uso da inteligência coletiva. A própria Wikipédia, uma enciclopédia online, utiliza-se das ferramentas de crowdsourcing através do compartilhamento aberto de informações, onde é possível qualquer usuário editar, redigir ou corrigir os verbetes publicados. No Brasil temos alguns exemplos de cases de sucesso. A Fiat lançou em 2011 o primeiro carro construído através de crowdsourcing do país, o Fiat Mio, que teve a co-produção de cerca de 10 mil participantes. A empresa desenvolveu uma rede social na qual os clientes davam ideias de design, cores e inovações que eram passadas diretamente para os engenheiros. Outro caso que também repercutiu foi o do Guaraná Antártica, que no carnaval do ano passado criou um carro movido a curtição no Facebook. A ideia de levar um trio de amigos de São Paulo a Salvador deu certo e hoje a marca comemora a liderança no ranking das empresas com maior números de seguidores no Facebook, atingindo cerca de 10 milhões de usuários.

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